Lendo um artigo que falava sobre a nova moda da depressão e das “bolas”, refleti, e, surpresa, conclui: não é que é verdade?
Quantas pessoas você conhece que fazem questão de dizer que tomam isto ou aquilo, que têm problemas para isto ou aquilo, e que precisam, desesperadamente “daquilo”.
Não é privilégio de uma faixa etária, aliás, quanto mais jovem, mais vulnerável.
A tranquilidade que, anda escassa, parece que não foi apresentada pra essa turma, a segurança fugiu sem deixar sequer um “até logo, nos encontramos na casa dos 30”, autoestima é assim: ou transborda, a ponto de sufocar quem está por perto e passa a se chamar “arrogância burra” ou é, então, o sonhado eldorado, o lugar de conforto aonde se quer chegar para não precisar mais “daquilo”.
Não sejamos preconceituosos, eles realmente precisam “daquilo”, precisam porque não são. Precisam porque são. Precisam por que erram. Porque não são reconhecidos, ou conhecidos. Precisam porque não se reconhecem, não se conhecem.
É urgente, necessário.
Altos demais. Baixos demais. Muito gordos (imaginem só...). As meninas são capazes de se esfaquear com um olhar, no caso de alguém ousar estar mais “bonita” (eu diria saudável ou feliz) do que o grupo... pobres meninas, quando elas apreenderão que os meninos só querem...(risos) nem isso eles querem mais. Elas é que exigem.
Precisam “daquilo” por que o mundo não é cor-de-rosa. Sério? Eles estão tendo um dia mal e...e amanhã, precisarão de novo, e de novo, e de novo, e de novo... até que um belo dia, eles acordarão e precisarão de muito “daquilo” pra dormir e sonhar. E mentir. Mas, aí, já é uma outra história.